quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Mais de R$ 2 milhões são jogados de avião

Se alguém já te falou que dinheiro não cai do céu, conteste. Uma bolsa com R$ 2,2 milhões foi jogada de um avião na Bolívia. Para a polícia, os valores seriam de uma quadrilha de traficantes de drogas no país.

O dinheiro seria recuperado por outros membros da quadrilha no solo na Província de Santa Cruz. Os criminosos teriam errado o alvo da bolsa, que acabou sendo encontrada pela polícia.

Ao menos três membros da quadrilha - todos bolivianos - foram presos posteriormente. Armamentos e veículos pertencentes ao grupo também foram apreendidos na cidade de Rincón del Tigre.

A Bolívia é um dos três maiores produtores mundiais de cocaína, ao lado da Colômbia e do Peru.

As autoridades dizem que o dinheiro, em notas de dólares americanos com denominações variadas - estavam embaladas com um selo de um banco paraguaio.

Elas acreditam que o montante seria usado para montar um laboratório para o refino de cocaína ou para estabelecer uma empresa de fachada na Bolívia.

A polícia boliviana disse que estava monitorando o grupo, que seria bem organizado e com ramificações em vários países. *Com informações da BBC

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Ufac promove sarau na sexta-feira


O Centro Acadêmico de Ciências Sociais da Universidade Federal do Acre (Ufac) realiza na noite desta sexta-feira (4) o “Sarau Social Poetize-se”, cujo principal objetivo é integrar os estudantes por meio de manifestações culturais e artísticas.

Mais do que entretenimento, a proposta do evento é formar espaços no bloco do curso para a manifestação de produções acadêmicas, manifestos e poemas, bem como o compartilhamento de recomendações literárias entre os participantes.

Uma exposição de fotografias feitas pelos universitários também está prevista abordando temas diversos. Das atrações musicais confirmadas, destacam-se Tambô de Fulô, Helóy de Castro, Kelen Mendes, Cachorro Vira-Lata, Natividades e DJ Gnomo.

domingo, 29 de setembro de 2013

Senador boliviano passa fim de semana com a família no Acre

Após mais de um ano sem rever a família, o senador boliviano Roger Pinto Molina, 53, passou o final de semana hospedado em uma chácara com a esposa, mãe, filhas e netos em Rio Branco, na capital do Acre. A chácara fica na BR – 364, sentido Acre-Rondônia, e pertence a um senador acreano. A visita ocorre em absoluto sigilo e a segurança foi reforça no local.

Molina é parlamentar da província de Pando, na região amazônica, e líder no Senado do grupo opositor Convergencia Nacional. Ele é condenado pela Justiça boliviana por abandono de dever e dano econômico. Molina chegou a ficar mais de um ano asilado na embaixada brasileira em La Paz.

Na chácara, Molina está acomodado em um pequeno quarto medindo 3x4m. Neste domingo (29), segundo visitantes autorizados a entrar no local, o senador boliviano acordou cedo, tomou banho de piscina e passeou pelo pomar. 

Embora uma temperatura de 37ºC registrada neste domingo no Acre, o senador circulou discretamente usando calça jeans, óculos escuros e boné. 

A vinda de Molina ao Acre era esperada para a cidade de Epitaciolâdia, onde vive atualmente a família. A cidade faz fronteira com a Bolívia e, desde quando ele chegou ao Brasil, em agosto desde ano, a cidade acreana aumentou o reforço policial para evitar uma possível invasão de soldados bolivianos em solo brasileiro.

Denúncias
Na Bolívia, as denúncias contra Roger Pinto Molina são por abandono de dever e dano econômico. Ele foi condenado no mês de junho a um ano de prisão por essas acusações. 

Segundo a denúncia, ele foi responsável por prejuízo de mais de 1,6 milhão de dólares aos cofres públicos em 2000, acusado de conceder recursos de maneira irregular à Universidade Amazônica de Pando. Ele responde ainda a cerca de 20 processos por desacato, venda de bens do Estado e corrupção.

Ele alega perseguição política do governo de Evo Morales por ter feito denúncias de corrupção contra o governador de Pando e entregar informes reservados a Evo sobre supostas ligações de autoridades com o narcotráfico.

Entenda o caso
Molina chegou a Brasília escoltado de fuzileiros navais em uma grande operação comandada pelo então diplomata brasileiro Eduardo Saboia – ele foi afastado do cargo por um tempo e depois retornou por autorização do Itamaraty. 

A vinda de Molina não foi autorizada pelo governo boliviano e nem brasileiro, o que gerou uma crise no Palácio do Planalto e culminou com o pedido de demissão do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. 

Molina viajou 22 horas de La Paz a Corumbá (MS) em um automóvel da missão diplomática brasileira. Ao cruzar a fronteira, tomou um avião até Brasília.

Sete colisões de aviões com aves foram registradas no Acre


Sete colisões de aviões com aves foram registradas no Acre de janeiro até sexta-feira (27), segundo dados do Sistema de Gerenciamento de Risco Aviário do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Fevereiro, março e abril foram os meses com maiores registros desse tipo de acidente. Cada mês registrou duas colisões. A outra colisão aconteceu na primeira semana de janeiro. Dos sete casos, três ocorram a noite com os voos da Gol durante corrida após pouso e decolagem.

Nesses nove meses, segundo os dados, 21 avistamentos de fauna durante o pouso e decolagem foram registrados no Estado e três quase colisões.

De acordo com um estudo do Cenipa, mais de 60% dos casos ocorrem durante o pouso da aeronave e 75% dos acidente envolvem urubus.

As ocorrências estão aumentando em todo Brasil e é resultado do crescimento desordenado da população e a destinação incorreta do lixo. O estudo mostra que a maioria dos reportes acontece até 152 metros de altura.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Barulho em igreja faz MP abrir investigação


Aleluia; Amém; Glória a Deus e outras expressões ditas a gritos pelos fiéis da igreja evangélica Pentecostal Brisa de Fogo, localizado na rua Lei Áurea, no Preventório, vêm incomodando os moradores da região que resolveram denunciar a perturbação no Ministério Público do Acre (MPE/AC).

A denúncia foi feita há mais de um mês na Promotoria Especializada de Defesa do Meio Ambiente da Bacia Hidrográfica do Baixo Acre, mas a promotora responsável pelo caso, Meri Cristina Amaral, abriu procedimento preparatório nesta sexta-feira (27) para aprofundar as investigações devido aos elementos de provas colhidos até o momento.

De acordo com as denúncias, emissão de ruídos em alto nível oriundos da igreja vem causando sérios incômodos às moradias próximas durante a realização dos cultos, no período noturno.

“Considerando, ainda, que os ruídos excessivos provocam perturbação da saúde mental. Além do que, poluição sonora ofende o meio ambiente e, consequentemente, afeta o interesse difuso e coletivo, à medida em que os níveis excessivos de sons e ruídos causam deterioração na qualidade de vida, na relação entre as pessoas, sobretudo quando acimados limites suportáveis pelo ouvido humano ou prejudiciais ao repouso noturno e ao sossego público, em especial nas zonas residenciais”, diz trecho da portaria.

A Secretaria de Meio Ambiente de Rio Branco será intimada para prestar informações sobre a situação da possível poluição sonora.

É de grande valia esse tipo de denúncia. Em vários trechos da Parque da Maternidade moradores também denunciaram ao MP/AC as perturbações relativas ao sons que muitos condutores ligavam durante os finais de semana e as noites.

Não importa se seja barulho alto de igreja, de casas noturnas ou festas particulares. Após meia-noite é necessário respeitar o espaço de vizinhos. A Secretaria de Meio Ambiente deve intensificar o serviço para esse tipo de situação que acontece ainda em vários pontos de Rio Branco.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Antigo horário no Acre é aprovado novamente no Senado

Pelo andar da carruagem os acreanos irão retroceder no que diz respeito ao fuso horário. A proposta que restabelece o horário antigo do Acre, com duas horas de diferença a Brasília, (PLC 43/2013) foi aprovada nesta quinta-feira (26) pela Comissão de Relações Exteriores do Senado. O projeto segue agora para o plenário da Casa, com requerimento que pede análise em regime de urgência.

Em sua página oficial do Facebook, o senador Sérgio Petecão, comemorou a aprovação e disse ter fé que o antigo horário vai voltar.

“Estou feliz. Neste momento foi aprovado na comissão de Relação Exteriores o meu parecer favorável, que trata da volta do nosso horário. Pedi urgência. Agora vai ao plenário do Senado . Tenho fé que ainda este ANO nosso horário vai voltar”, comentou.

Sob a justificativa de que a população local sofria prejuízos econômicos, sociais e culturais por causa da diferença em relação ao restante do país, em 2008 a Lei 11.662 reduziu o fuso horário dessa região para apenas uma hora a menos em relação a Brasília.

Após um referendo, em 2010, os acreanos votaram pelo horário antigo porque não foram ouvidos durante a mudança, com diferença de uma hora. O resultado mostrou que 39,2% dos eleitores queriam o retorno à hora antiga, enquanto 29,7% eram favoráveis à manutenção do fuso horário em vigor.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Crianças estrangeiras e clandestinas no Acre

Por Renata Mariz, do Correio Braziliense

Em Brasiléia, há 82 meninos e meninas, a maioria do Haiti, que estão no Brasil sem responsável legal. Conselho tutelar não consegue atender a demanda no município
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Nem só de acomodações precárias, pouca comida, falta de trabalho e indisposição com a população local são feitos os desafios da política imigratória brasileira de recebimento dos haitianos. Em Brasiléia, no sul do Acre, principal ponto de chegada dos estrangeiros, uma nova face da situação tem se revelado. Casos de crianças e adolescentes sem os responsáveis legais são cada vez mais frequentes. Só neste ano, 60 meninos e meninas foram atendidos pelo conselho tutelar da cidade — quase o triplo dos 22 notificados em 2012. Um deles, sem qualquer parente no país, fugiu do abrigo onde estava. Outro, que também entrou sozinho clandestinamente no Brasil, aguarda há seis meses um desfecho sobre sua permanência. 
Desacompanhados, tornam-se mais vulneráveis a violações, além de não terem quem responda por eles.
Os dados levantados pelo conselho tutelar de Brasiléia, a pedido do Correio, mostram que a maior parte das 82 crianças e adolescentes estrangeiros identificados sem acompanhante na cidade é formada por homens. Mais de 70% têm entre 12 e 17 anos. Do total, 78 são do Haiti, três do Suriname e um do Equador. Em 73% dos casos, um primo ou uma prima assumiu a guarda provisória do menor. “Muitas vezes, não conseguimos nem verificar se esse parentesco existe porque os haitianos não costumam usar o sobrenome da mãe. Mas encaminhamos os casos para o Judiciário, que tem atuado com o Ministério Público para resolver os problemas”, afirma Sebastião Ferreira Moreira, conselheiro tutelar em Brasiléia.
Moreira explica que os casos chegam ao conselho tutelar, na maioria das vezes, encaminhados pela Polícia Federal ou por funcionários do albergue nos quais estão os haitianos que chegam a Brasiléia. “Isso acontece muito com os que querem viajar para Goiás, Rio de Janeiro ou São Paulo. Aí, percebem que não podem seguir sozinhos, ou mesmo acompanhados por alguém que não seja o legítimo responsável”, diz o conselheiro. A situação se complica, conta Moreira, quando é preciso utilizar o abrigo para crianças e adolescentes do município. “É uma casa improvisada, muito precária, que não atende nem nossa demanda normal, imagine com os estrangeiros.”
Conflito
Promotora de Justiça da Comarca de Brasiléia, Diana Soraia Tabalipa Pimentel afirma que atua nos casos de definição de guarda para “ajudar”. “Não é minha atribuição. Se fossem crianças brasileiras, nascidas aqui, seria de minha responsabilidade. Mas (a recepção dos haitianos) foi um comprometimento do governo federal. Pergunte a eles o que você quer saber”, disse a promotora, ao mencionar que o Ministério Público Federal (MPF) só foi a Brasiléia uma única vez. 
Pedro Kenne, procurador da República no Acre, tem outro entendimento. Ele destaca a existência de uma lacuna na lei brasileira sobre o tratamento dispensando a menores de idade estrangeiros nessa situação, mas argumenta que o Estatuto da Criança e do Adolescente “não distingue a nacionalidade” dos seus destinatários. 
Kenne explicou ainda que o Ministério Público Estadual tem mecanismos para o que chama de “declínio” de atribuição ao MPF, “o que, até o momento, não fez”. Para ele, no contexto de ausência de regulamentação clara, a atuação da promotoria do estado, com sede em Brasiléia, é mais adequada, até por “racionalidade administrativa”.
No entanto, o procurador afirmou que o MPF tem atuado na questão dos haitianos, sobre as condições insalubres a que têm sido submetidos, e em relação ao garoto que está em um abrigo sem qualquer responsável no país. Segundo Kenne, crianças e adolescentes são mais vulneráveis, pela própria natureza, do que adultos. Por isso, precisam ter os direitos básicos garantidos.
O malabarista que fugiu
Qualquer objeto voava nas mãos de Felipe*. O equatoriano, mais um adolescente que cruzou sozinho as fronteiras brasileiras na onda migratória rumo ao Brasil, era malabarista. O sonho: trabalhar em um circo no Rio de Janeiro. Impedido de seguir viagem para o Sudeste do país, por ser menor de idade desacompanhado, foi para o abrigo de Brasiléia. Não passou mais do que duas semanas no local. Fugiu, no mês passado, sem deixar qualquer notícia. “Tudo que ele pegava aqui no abrigo era para fazer malabarismo. Acho que deve ter ido mesmo atrás de algum circo”, conta Analda do Rego Albuquerque, psicóloga da casa reservada a crianças e adolescentes que precisam ser retirados das famílias por motivo de violência. Agora, o espaço tem recebido também os estrangeiros.